O futuro da Mobilidade Inteligente vai passar pelas mãos da Universidade do Porto (UP), num novo projeto, em parceria com a Bosch, com apoio de fundos europeus, que quer tornar os veículos mais seguros com perceção da envolvente.
Uma equipa, que contará com dezenas de investigadores das faculdades de Engenharia e de Ciências, vai desenvolver soluções que melhorem os sensores LIDAR utilizados em carros autónomos, ao ponto de estes serem capazes de prever e até tomar decisões face à situação que enfrentarem.
O projeto chama-se THEIA – Automated Perception Driving e terá um investimento superior a 28 milhões de euros, a aplicar até 2023, com apoio do Programa Operacional COMPETE 2020.
O objetivo é, com base nos dados recolhidos pelos sensores do carro, através de algoritmos de perceção, conferir ao veículo uma captação exata da envolvente.
Essa assimilação passará também pela aplicação de uma condução que se adeque a condições meteorológicas adversas, por exemplo.
A forma como o carro responde a cenários críticos como este será avaliada através da realização de testes e validação em contexto laboratorial, garantindo que o veículo tem uma perceção mais avançada do que a de um condutor.
O essencial é assegurar que as condições de segurança necessárias à utilização de carros autónomos estejam reunidas. Com esta tecnologia, o carro poderá, por exemplo, perante determinados obstáculos ou até mesmo peões, desviar-se.
Assista à cerimónia de Apresentação do projeto THEIA.
O projeto é cofinanciado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.
A parceria já foi formalizada, na Reitoria da Universidade do Porto, e a cerimónia contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e dos secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, e da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.
Fonte: JN/UP