Projeto QUAKE, onde é possível viver a experiência do terramoto de 1755

Abr 22, 2022 | Notícia, Projetos

Foi inaugurado dia 20 de abril o QUAKE – Centro do Terramoto de Lisboa, um projeto cofinanciado por fundos europeus, onde é possível viver a experiência do Terramoto de 1755 de forma imersiva.

O QUAKE, é um espaço com 1.800 metros quadrados que resultou de um investimento de oito milhões de euros, com apoio do Programa Operacional LISBOA 2020.

“Não mostramos conteúdos, temos um percurso imersivo que alia a história, a ciência e a emoção”, afirmou Ricardo Clemente, responsável pelo Quake, explicando que o centro recorre a simuladores, vídeo mapping e outras tecnologias de vanguarda para transportar os visitantes até 1 de novembro de 1755, quando o terramoto destruiu a capital portuguesa que, à época, era a quarta maior cidade do mundo.

Mais do que um museu, o QUAKE afirma-se com um centro de interpretação, onde os visitantes podem “ver, sentir e cheirar, e em breve também saborear”, a Lisboa do século XVIII, através de um percurso imersivo que passa por várias salas e que convida à interação dos visitantes.

Como afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, na inauguração do espaço, o QUAKE oferece aquilo que, atualmente, as pessoas procuram num museu, um sítio onde se vai para “viver a história” e que, segundo o autarca, é “um dos primeiros a ter essa visão”.

“As pessoas, hoje, estão pouco disponíveis para ouvir a história, estão pouco disponíveis para ler a história, mas sabemos que, nesta nova geração, estamos disponíveis para viver a história”, afirmou o autarca durante a cerimónia de inauguração do espaço, que fica localizado em Belém, junto ao Museu dos Coches.

No total, o QUAKE disponibiliza 1.800 metros quadrados de uma “experiência única em Portugal e no mundo”, segundo Ricardo Clemente, que explicou que o percurso imersivo deste espaço passa por várias salas e pretende ter também um papel didático, consciencializando as novas gerações para o facto de Portugal estar localizado numa zona de risco sísmico e para o facto de esta não ser uma questão de ‘se’, mas sim de ‘quando’ vai voltar a acontecer um novo abalo.

A VISITA, que tem uma duração aproximada de 1h30, começa numa sala de espera onde os visitantes podem apreciar vários quadros e imagens que retratam a Lisboa do século XVII, passando depois para uma sala didática sobre sismologia, onde é possível aprender como acontecem os abalos, à qual se segue outra sala que compara o terramoto de Lisboa com alguns dos maiores abalos sísmicos já ocorridos no mundo.

Mas o ponto alto da visita é mesmo a entrada na máquina do tempo, que recua até ao Dia de Todos os Santos de 1755 e nos coloca diretamente na Igreja de São Nicolau, onde é possível ver e sentir aquilo que terá sido o terramoto, através de video mapping e de cadeiras que se movem à medida que o terramoto aumenta de intensidade e o edifício se vai desmoronando.

Depois da catástrofe natural, a visita continua por outra sala que nos mostra a destruição e as consequências do terramoto, que foi seguido de um tsunami cuja onda terá atingido cinco metros de altura, até sermos diretamente transportados para o escritório de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que foi responsável pela reconstrução da cidade.

A ENTRADA no QUAKE tem preços a partir de 31 euros para adultos e 21,50 euros para crianças entre os seis e os 12 anos, enquanto os seniores pagam 25 euros. Os grupos com mais de 10 pessoas têm preços a partir de 22 euros.

 

Fonte: QUAKE/Publituris