O Projeto PAM4Wellness, cofinanciado pelo COMPETE 2020, alinha a produção portuguesa de plantas aromáticas e medicinais com o mercado internacional e mostra as potencialidades da sua utilização em cosméticos e medicamentos.
Desde a esteva, que cresce naturalmente nas florestas, até ao medronheiro, as plantas aromáticas e medicinais foram assim o ponto de partida para um projeto, apoiado pelo COMPETE 2020, que nasceu na Universidade da Beira Interior, valorizando estas plantas ao orientá-las para a indústria farmacêutica e cosmética.
O PAM4Wellness surgiu com o objetivo de capacitar a cadeia de valor das plantas aromáticas e medicinais portugueses, produzidas ou recolhidas da floresta durante os processos de limpeza, e aproveitá-las como matéria-prima valiosa para a indústria cosmética e farmacêutica.
O projeto estudou as plantas que são produzidas em maior quantidade em Portugal e cruzou-as com as necessidades da indústria de forma a encontrar as mais relevantes e formar um conjunto de orientações para o setor.
As plantas produzidas podem ser utilizadas em cremes devido a extratos com propriedades de antienvelhecimento, como é o caso da esteva, uma planta endógena, que cresce naturalmente nas florestas, sendo cortada todos os anos por causa da prevenção dos incêndios e é maioritariamente desperdiçada.
Além deste atributo, também poderia ser aproveitada a resina que se forma com o corte da planta como fixador de perfume. Outra planta destacada neste projeto foi o tomilho-limão, muito procurado pela indústria, e cuja espécie portuguesa possui um conjunto de características químicas diferenciadoras. Também o medronheiro foi apontado como uma das plantas com maior potencial.
Como tinha também o objetivo de orientar a produção para a indústria farmacêutica, disponibilizaram-se um conjunto de orientações para os produtores poderem adaptar a sua produção a uma indústria mais exigente.
O projeto PAM4Wellness desenvolvido pela Universidade da Beira Interior, em conjunto com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, recebeu o financiamento de 950 mil euros através do Programa COMPETE 2020, dos quais cerca de 808 mil euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Fonte: Expresso/Compete2020