Investigadores portugueses desenvolveram bio tintas fluorescentes que visam combater a contrafação têxtil no âmbito do Projeto ‘EcoBioInks4SmartTextiles’, com apoio do Programa COMPETE 2020.
É uma solução inovadora que promete revolucionar a indústria têxtil e travar a contrafação de artigos e produtos oriundos deste mercado e poderá vir a ser aplicada, também, em notas e documentos de identificação.
A ideia partiu de investigadores do CEB – Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho e CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, que se uniram na criação de uma solução biotecnológica diferenciadora para combater um dos maiores problemas do setor têxtil.
O EcoBioInks4SmartTextiles dedicou-se ao desenvolvimento de bio tintas ecossustentáveis, com propriedades fluorescentes reversíveis e foto controláveis. Por serem difíceis de copiar ou clonar, estas características tornam as bio tintas únicas e exclusivas e o seu uso nos têxteis minimiza a contrafação dos mesmos.
Desenvolver cientificamente soluções tecnológicas inovadoras, tendo por base as potencialidades da natureza e a promoção da sustentabilidade ambiental, foi um dos principais objetivos da investigação.
Graças às suas propriedades únicas, as bio tintas fluorescentes poderão, no futuro, ser aplicadas noutros setores, como, por exemplo, na área da segurança, na impressão de notas ou documentos de identificação. Desta forma, será possível minimizarem-se situações como falsificação de dinheiro ou passaportes.
De acordo com os cientistas, o potencial de aplicação do EcoBioInks4SmartTextiles é imenso, pelo que esta solução biotecnológica pode chegar a outras indústrias e a mercados nacionais e internacionais.
O EcoBioInks4SmartTextiles que se iniciou em julho de 2018 e terminou em maio deste ano, teve o apoio da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia e cofinanciamento do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional COMPETE 2020.
Fonte: Centi/Eco