Portugal só convergiu com a UE devido aos fundos europeus

Mar 23, 2022 | Notícia

Portugal só convergiu economicamente com a União Europeia (UE), entre 2014 e 2019, devido aos fundos europeus, segundo um ESTUDO da Universidade Nova SBE, em colaboração com o EuroRegião.

De acordo com o estudo “Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) – Avaliação de Impacto nas diferentes regiões em Portugal”, sem estas verbas, todas as regiões, com exceção do Algarve, teriam divergido da UE. Sem estes fundos, ter-se-ia mesmo verificado uma divergência económica entre as próprias regiões.

“A distribuição dos apoios pelos municípios concentra-se, sobretudo, nas regiões onde se pretende atingir convergência económica em relação aos municípios mais desenvolvidos”, precisa o estudo.

O Alentejo, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), foi a região que recebeu a maior parte destes fundos, seguida pelo Centro, enquanto Lisboa e o Algarve aparecem no fundo da tabela.

Esta análise concluiu ainda que por cada euro pago num município, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumenta 0,89 euros no ano de atribuição do apoio, subindo para 0,90 euros no ano seguinte, para 1,57 euros dois anos após o apoio e para 2,43 euros três anos depois.

Por região, foi nos Açores que se verificou um maior impacto (2%) destes fundos no crescimento do PIB anual, entre 2014 e 2020.

Nas restantes, com exceção do Algarve e da Área Metropolitana de Lisboa, representou cerca de 1% do PIB anual.

“Dado que as regiões do Alentejo, Centro e Norte cresceram o PIB em média 4% ao ano, isto significa que o impacto dos FEEI foi determinante para o crescimento económico destas regiões. Sem os FEEI, estas regiões teriam visto o seu crescimento do PIB reduzido em um quarto”, indica o estudo.

No que se refere ao quadro comunitário Portugal 2020, Portugal é o sétimo país em termos de valor de apoio recebido, o 10.º considerando o montante recebido em relação com o PIB e o 9.º no que se refere à taxa de implementação dos fundos europeus.

Para a realização deste estudo, foram considerados os contributos dos investigadores da Universidade Nova SBE e os dados disponibilizados pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão (AD&C).

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Fonte: NOVASBE-Euroregião/Lusa