Depois de décadas ao abandono, está quase a reabrir o Mosteiro de Santa Maria de Seiça na Figueira da Foz, recuperado com apoio de fundos europeus.
A intervenção é comparticipada em 85% pelo Programa Operacional CENTRO 2020 e um prazo de execução até dezembro de 2023, que deverá ser estendido devido ao facto de as obras terem estado paradas mais de dois meses devido a trabalhos de arqueologia.
A intervenção tem por objetivo a recuperação e reutilização deste monumento nacional de elevado valor patrimonial e cultural, devolvendo a sua identidade à população e ao visitante, permitindo a fruição deste espaço, e o desenvolvimento da cultura e do conhecimento histórico, através da sua preservação e sustentabilidade futura.
Os trabalhos de consolidação da fachada monumental da igreja, em ruínas, e reabilitação do edifício monástico adjacente foram consignados em dezembro de 2021 por 2,7 milhões de euros.
O mosteiro, localizado num vale da freguesia de Paião, no sul do concelho da Figueira da Foz, junto à linha ferroviária do Oeste e ribeira de Seiça, teve origem na fundação da nacionalidade, embora o conjunto edificado atual seja dos séculos XVI e XVIII.
Com a extinção das ordens religiosas no século XIX, o mosteiro de Seiça foi vendido a privados. No início do século XX até 1976 foi ali instalada uma fábrica de descasque de arroz, cujos vestígios foram analisados por uma equipa de arqueologia.
O Mosteiro de Seiça estava classificado desde 2002 como imóvel de Interesse Público e, no passado mês de junho, foi reclassificado à categoria de monumento nacional. “O imóvel encontra-se referenciado desde 1162, doado por D. Sancho I à Abadia de Santa Maria de Alcobaça, sendo de inegável valor histórico e patrimonial”, referiu o Conselho de Ministros.
Fonte: Lusa/SMSeiça