FAROL, nova aceleradora para startups que lutam contra a escravatura moderna

Jun 15, 2021 | Sem categoria

Foi ontem lançada a FAROL, a aceleradora para startups concebida para apoiar soluções tecnológicas que ajudem a mitigar e a reduzir a escravatura e o trabalho forçado dentro das cadeias de produção.

 

O programa é apoiado pela iniciativa Portugal Inovação Social, financiada pelo Fundo Social Europeu, e resulta de uma colaboração entre a consultora sediada no Porto – Partnerships For Humanity, a consultora de inovação colaborativa sediada em Lisboa – Beta-i e a Fundação Espanhola pelos Direitos Humanos, com sede em Madrid.

 

Impulsionada por organizações portuguesas e espanholas que usam a inovação ao serviço dos direitos humanos, a FAROL está à procura de 15 startups tecnológicas para serem integradas num programa de aceleração de seis meses, cinco das quais provenientes de países em desenvolvimento.

 

As startups podem estar em fase de pré-lançamento ou em fase inicial. Mas podem também ser projetos de organizações não-governamentais (ONG) e organizações que trabalham com blockchain, inteligência artificial, machine learning, processamento de linguagem natural, reconhecimento de imagem, geolocalização e tecnologias de big data.

 

O programa vai dividir-se em duas vertentes. A primeira passa por apoiar startups tecnológicas motivadas em fase inicial de desenvolvimento de produto e, posteriormente, ir-se-á apoiar startups com um produto final e com clientes que queiram acrescentar aos seus objetivos a redução da escravatura moderna.

 

As startups receberão sessões de mentoria e terão acesso a um programa de conferências, que inclui especialistas e representantes de diversas organizações e marcas.

 

As candidaturas podem ser realizadas até 31 de agosto através do site oficial da FAROL.

 

O objetivo é “aumentar a transparência nas cadeias de produção”, de modo a “acabar com o abuso laboral” e “retirar as pessoas da armadilha da pobreza”, diz Daniela Coutinho, cofundadora da FAROL.

 

O projeto ganha particular relevância num contexto em que existem, hoje, “mais pessoas escravizadas do que em qualquer outro momento da história”, nota a empresa em comunicado, referindo-se a pessoas que trabalham nas cadeias de produção e fornecimento global nos sectores da agricultura, mineração, pesca, linhas de montagem, construção, processamento de alimentos, manufatura e serviços domésticos.

  

A nível mundial existem cerca de 40,3 milhões de pessoas a viver sob alguma forma de escravatura – e mais de metade em trabalho forçado, ou seja, a trabalhar contra a sua vontade, sob intimidação ou coerção.

 

 

Fonte: Farol/Lusa