Braga prepara-se para implementar as designadas ‘Zonas 30’ nos quarteirões da Makro, Torre Europa, Quinta da Fonte e Montélios, áreas urbanas nas quais habitam mais de 15 mil pessoas, empreitadas com um valor superior a dois milhões de euros, financiados pelo Programa Operacional NORTE 2020.
Esta é uma medida que pretende trazer mais segurança aos peões, menor poluição e maior mobilidade nas estradas.
A limitação de 30km/h nas estradas deverá ser implementada em áreas residenciais com comércio elevado ou na proximidade de equipamentos escolares. Esta implementação tem como objetivo reduzir a velocidade de circulação, a existência e gravidade dos acidentes, o tráfego de atravessamento indesejado e a poluição sonora e ambiental.
Os referidos projetos serão concretizados através da implementação de percursos pedonais acessíveis e confortáveis, focando a circulação por parte de pessoas com mobilidade reduzida através da implementação de passadeiras/cruzamentos sobrelevados, que funcionarão como medida de acalmia de tráfego.
Este projeto inclui ainda a colocação de passadeiras com pavimento podotátil, medidas de acalmia de tráfego, colocação de rampas acessíveis, alargamento dos passeios e a retirada de barreiras urbanísticas.
Enquanto que as obras nos quarteirões de Montélios e da Quinta da Fonte já arrancaram no dia 12 de agosto, as intervenções no quarteirão da Torre Europa e da Makro começam na próxima terça-feira, dia 3 de setembro. A intervenção no quarteirão da Makro tem um prazo de execução de 180 dias, sendo que para os restantes o prazo é de 240 dias.
O valor total de adjudicação das empreitadas foi superior a dois milhões de euros, financiados pelo NORTE 2020 no âmbito do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.
Com a concretização destes projetos, a autarquia pretende “humanizar” aquelas zonas da cidade, bem como promover modos sustentáveis, aumentar a segurança rodoviária através da redução da velocidade da circulação e melhorar a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida.
Por outro lado, faz parte dos propósitos a promoção da rua como fator de socialização – para além da sua natural função de circulação -, a gestão do estacionamento e circulação viária, o aumento da equidade social no acesso a bens e serviços e a redução dos níveis de gases de efeito de estufa.
Visam, ainda, «contribuir para uma divisão modal mais sustentável na globalidade da cidade, para a diminuição da poluição sonora, para o aumento progressivo do reconhecimento das vantagens de um espaço humanizado – focado na utilização dos modos suaves e para o aumento da qualidade do ambiente urbano e, consequente melhoria da qualidade de vida».
Para o vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Braga, estas intervenções exprimem a articulação entre a estratégia de regeneração urbana e da mobilidade e «são projetos focados no peão, na acessibilidade para todos e na segurança rodoviária».
Fonte: Lusa/Norte2020