Foi inaugurado o primeiro Centro Interpretativo do Lobo-ibérico em Portugal na aldeia de Pitões das Júnias, concelho de Montalegre, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, um projeto com apoio de fundos europeus.
O projeto, focado nas populações selvagens deste predador e na história das suas relações com o Homem, foi cofinanciado em 85% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional NORTE 2020, sendo o valor total elegível da candidatura de 301 mil euros.
De acordo com a autarquia, trata-se de um “espaço dedicado ao lobo, onde a própria arquitetura do seu interior projeta o visitante nas várias tipologias de fojos de lobo existentes na região do Barroso e nele se conseguiu apresentar uma imagem completa do lobo-ibérico nas suas múltiplas perspetivas e contextos, como espécie selvagem, como parte integrante duma paisagem e como parte duma relação com o Homem, no passado e no presente”.
O Centro Interpretativo do Lobo Ibérico é um projeto “pioneiro, focado nas populações selvagens deste predador e na história das suas relações com o Homem, localizado em plena área de ocorrência desta espécie”.
O valor financiado deste projeto foi de 256 mil euros contemplando as despesas da obra física, mobiliário e informação cenográfica do interior, assim como estudos, pareceres de projetos e consultoria, publicidade e divulgação.
Pitões das Júnias, tal como os núcleos montanhosos da Peneda-Gerês e outras serras que integram a região do Barroso, são considerados os territórios historicamente mais ricos em lobo-ibérico de toda a Península Ibérica.
“Prova disso é o número considerado de fojos de lobo, nas mais diversas tipologias, que marcam um passado de perseguição e caça direcionada ao lobo, passando por objetos diversos que integram a mais profunda etnografia popular portuguesa, com uma tradição extensa de património imaterial, estruturado em histórias, lendas, canções e mitos”, nota a autarquia.
O novo Centro Interpretativo, inaugurado pelo Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, vem “trazer nova atratividade ao território” e afirma-se como uma mais-valia para a valorização da espécie.
Fonte: C.M. Montalegre