CE quer angariar um bilião de euros para a neutralidade climática

Jan 13, 2020 | Sem categoria

A Comissão Europeia (CE), liderada pela alemã Ursula von der Leyen, prepara-se para durante a próxima semana lançar um plano de financiamento que tem como objetivo captar um bilião de euros, durante a próxima década, para assegurar que a Europa vai ser o primeiro continente a alcançar a neutralidade climática em 2050.

 

O plano prevê que “a transição para uma economia climaticamente neutral e sustentável requer investimentos significativos”. O documento aponta que o setor público deve “assumir a liderança mas que os atores privados são os que devem proporcionar o volume” da grande transformação económica, social, tecnológica e industrial que está em marcha, refere o jornal.

 

O Plano de Investimento Sustentável da Europa (Sustainable Europe Investment Plan) admite a utilização de verbas do orçamento da União Europeia para estimular o investimento, bem como, a criação de regras legais para facilitar e atrair investimento privado.

 

O documento detalha como Bruxelas pretende mobilizar um bilião de euros entre 2021 e 2030 e a Comissão pretende destinar 25% do montante desse orçamento para políticas que estejam relacionadas com a luta contra as alterações climáticas.

 

Além disso, os planos de Ursula von der Leyen, pressupõem o cofinanciamento por parte dos Estados-membros, no montante total de 115 mil milhões de euros.

 

A segunda grande fatia de investimento para a transformação ecológica do continente chegará da Medida InvestEU, estando prevista a mobilização de 280 mil milhões de euros.

 

Uma outra medida, denominada de Inovação e Modernização, será financiada através das receitas geradas pela venda de direitos de emissões de CO2 no mercado europeu, estando previsto arrecadar 12 mil milhões de euros.

 

Por fim, o plano prevê ainda a criação de um Fundo de Transição que, durante os próximos dez anos, seria um catalisador de investimentos no montante de 143 mil milhões de euros, que terá como destino prioritário as regiões que estão mais dependentes de fontes energéticas como o carbono.

 

 

Fonte: CE/Dinheiro Vivo