A Comissão Europeia e a OCDE – Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos, apresentaram recentemente um RELATÓRIO sobre uma iniciativa lançada em 2017 para ajudar 12 regiões e Estados-Membros da UE a realizar a transição industrial e colher os benefícios de uma economia globalizada.
Equipas de peritos da OCDE e da Comissão trabalharam com as regiões e os dois Estados-Membros para identificar o que impedia a criação de emprego e o crescimento nestas zonas.
O objetivo consistia em reforçar as suas estratégias de desenvolvimento a longo prazo com base em domínios de excelência competitiva — os seus ativos de «Especialização Inteligente». Estas estratégias abrangem a justiça social, a modernização económica e as ambições climáticas.
Com base nesta experiência, o relatório apresenta um conjunto de instrumentos para as autoridades nacionais e regionais, fornecendo soluções concretas para eliminar os obstáculos à transição industrial de acordo com cinco grandes prioridades.
Eis as cinco prioridades principais identificadas pela Comissão, bem como exemplos dos desafios políticos conexos e as respostas apresentadas no relatório:
1) Preparar os postos de trabalho para o futuro
Desafio: escassez de trabalhadores qualificados para os setores económicos emergentes.
Respostas políticas: antecipar as necessidades de competências para a transição industrial; reforçar a capacidade de resposta das empresas às suas necessidades de recursos humanos; envolver as partes interessadas locais no planeamento e na conceção de iniciativas regionais em matéria de competências.
2) Alargar e difundir a inovação
Desafio: falta de capacidade de inovação nas pequenas e médias empresas.
Respostas políticas: acelerar a transformação digital; expandir as redes de inovação empresarial e apoiar os agrupamentos de empresas; reforçar as ligações entre o meio académico e as esferas empresariais locais.
3) Promover o espírito empresarial e a participação do setor privado
Desafio: acesso limitado às competências e redes de empreendedorismo para as empresas em fase de arranque e em expansão.
Respostas políticas: apoiar os empresários mediante a prestação de informações, formação, orientação e acompanhamento, reforçar as redes empresariais, aumentar a participação das empresas em fase de arranque e das PME na investigação colaborativa.
4) Transitar para uma economia com impacto neutro em termos de clima
Desafio: conciliar a dimensão de longo prazo de uma transição com impacto neutro em termos de clima com uma ação económica a curto prazo.
Respostas políticas: promover as transições energéticas locais através de regimes de apoio financeiro; integrar a transição para uma economia neutra em termos de clima nas estratégias de desenvolvimento regional mais amplas.
5) Promover o crescimento inclusivo
Desafio: disparidades geográficas e ligações territoriais.
Respostas políticas: incentivar a cooperação territorial através de parcerias entre zonas rurais e zonas urbanas; assegurar a conectividade digital e os serviços digitais nas regiões periféricas.
O presente RELATÓRIO e as suas recomendações serão tidos em conta na preparação do futuro programa da Política de Coesão para 2021-2027, ao abrigo do qual estão disponíveis mais de 90 mil milhões de EUR para financiar a investigação, a inovação, a digitalização e o apoio às pequenas e médias empresas.
Saiba mais aqui:
Brochura – Industrial transition: no regions left behind
Comunicado de Imprensa – Regiões beneficiarão de novo apoio da UE na construção de economias mais resilientes (setembro de 2017)
Comunicado de Imprensa – Commission presents results of initiative supporting regions in industrial transition (maio de 2019)
Página web da OCDE sobre as principais iniciativas políticas
Fonte: OCDE/CE